domingo, 22 de março de 2009

O tesouro de Willy Caolho

"I will never betray my goon dock friends
We will stick together until the whole world ends
Through heaven and hell, and nuclear war
Good pals like us, will stick like tar
In the city, or the country, or the forest, or the boonies
I am proudly declared a fellow Goony."

Vocês certamente não se lembram desse solene juramento. Mas tenho certeza que aqueles que tem a minha idade ou mais vão se lembrar de um dos filmes mais marcantes da nossa infância: Os Goonies. O juramento foi excluído do filme, mas se não fosse, teria sido repetido por milhares de crianças depois de assistir o magnífico filme de 1985.







Graças aos relançamentos em DVD, tive outro dia uma noite nostálgica com os três De Volta Para o Futuro e Os Goonies. Eu não me lembrava de tudo que se passava no filme, mas lembrava que era bom. Admito que tive medo de me decepcionar, mas isso não foi nem um pouco o que aconteceu. Estou num momento de obsessão. Não só por Goonies, mas, por causa deles, também por Cyndi Lauper. O vídeo de The Goonies R Good Enough vale a pena ser assistido. Se não por qualquer outra coisa, pela participação "incrível" de Steven Spielberg.





Os anos 80 são uma das minhas décadas preferidas que eu não vivi (mesmo porque eu só vivi a de 90 e esses anos iniciais do século XXI...). Por mais que tudo pareça sintético, a música era divertida, as pessoas se vestiam como queriam e os filmes tinham aquela cara de baixo orçamento, que era compensada com a história mara. Não que os anos 90 não tenham sido legais, mas os 80's têm um charme ao qual eu não resisto. Por mais brega que eles normalmente possam parecer.

Não, eu não gosto de mullets. Eu não uso saias de tule (o tempo todo). E meu cabelo não tem cor de algodão doce. Acho que minha fascinação é inexplicável.

Mas, voltando aos Goonies, uma das minhas lembranças mais vivas relacionadas ao filme (depois do "Sloth gosta de chocolate") não está no filme. O jogo de videogame dos Goonies, com a trilha da Cyndi Lauper em midi, marcou minha infância, e acredito que a de muitos de vocês também. Existe uma edição de 20º aniversário para computador. É só baixar e jogar.




Esse post foi para marcar minha volta ao GdH e para lembrá-los das coisas boas que passaram e que ainda estão aí, graças à tecnologia. Meus filhos assistirão Os Goonies. Espero ainda achar em DVD ou conseguir baixar outro filme que me marcou muito, Pagemaster: O mestre da fantasia, gentilmente doado a mim em formato VHS pela Poka. Lamento não possuir um videocassete, mas assim que conseguir esse filme em formato assistível, forçarei toda a gangue a fazê-lo. Não são muitas pessoas que lembram de Pagemaster... trauma da minha infâancia... junto com Patrine, que ninguém lembra também.

Bem, volto semana que vem com mais um post que, com alguma sorte, será mais informativo que este. :) Beijinhos.

terça-feira, 17 de março de 2009

Sparkling Vampires???

AVISO: Esse post é sobre Crepúsculo. E não, eu não gostei do filme. Ou do livro. Sim, eu tenho consciência de que esse texto pode (ou não) levantar a ira de fãs que me perseguirão com tochas e foices. (Aliás, alguém sabe me dizer se o Stephen King está vivo?)

A primeira vez que eu ouvi falar em Crepúsculo foi quando vi o cartaz do filme com a placa de “em breve” na entrada do cinema (um em breve, que na verdade nem foi tão breve assim, já que isso foi bem antes da estréia do filme). Eu devia estar desatenta, pois o fenômeno passou despercebido aos meus olhos, até aquele momento em que a Poodle apontou o cartaz interessada, pois era sobre vampiro (ela adora histórias com vampiros, a exceção de Crepúsculo, claro). Lembro também de alguém dizendo (acho que foi o Orni, mas não tenho certeza) que era adaptação daquele livro com a capa bonita da mão segurando a maçã – confesso que já tinha visto o tal livro milhares de vezes, sempre reparando na capa, que realmente é muito bonita, mas nunca no título. Enfim, Crepúsculo parecia ser um filme levinho sobre vampiros, mas mesmo assim na época eu achei que valia a pena dar uma chance a ele.

Capa e na minha opinião melhor parte de Crepúsculo

Acabei mudando de idéia algum tempo depois. Li uma entrevista curtinha da autora do livro, Stephenie Meyers, acho que na revista Set, e me decepcionei. Na entrevista Meyers dizia não gostar de histórias de vampiro ou terror e confessava não ter lido nenhum livro ou assistido nenhum filme com a temática. Como fã do gênero eu julguei que seria muito difícil eu gostar de Crepúsculo, pois as comparações seriam inevitáveis.

Infelizmente eu não costumo escutar meus próprios conselhos. Eu não só fui assistir ao filme como fiz uma fracassada tentativa de ler o livro – eu juro que tentei ler Crepúsculo, mas para o bem da minha sanidade física e mental eu fui obrigada a abandoná-lo pouco antes da sua metade.

Não vou nem comentar em muitos detalhes a escrita da Stephenie Meyer, que na minha modesta opinião é muito fraquinha. Na verdade nem sei dizer exatamente o que me fez desgostar do texto de Meyers logo de cara. A impressão que eu tive lendo o livro é que algo estava faltando. É como se o texto dela não tivesse personalidade. Faltam adjetivos - que até existem, mas são mal explorados, sempre usados para descrever a “beleza” do Edward, bla bla bla - faltam articuladores, faltam diálogos interessantes e menos óbvios. Não fariam mal também personagens mais profundas e melhor desenvolvidas.

Mas, como eu não terminei de ler o livro é melhor deixá-lo de lado e me concentrar no filme. Vou confessar pra vocês que não existe nada em Crepúsculo que eu tenha gostado, mas não vou ficar aqui listando defeitos. Vou citar apenas dois:

Eu entendo que a Stephenie Meyers quisesse criar a uma mitologia própria para os seus vampiros, entretanto, ignorar (praticamente) tudo que se escreveu anteriormente sobre vampiros e manter apenas o fato deles se alimentarem de sangue, é no mínimo irritante. Todo autor adapta o mito dos vampiros a sua obra, incorporando características novas a criatura e talvez até eliminando algumas, mas se você tirar todas as características do que se entende por vampiro, ele passa a ser apenas um ser pálido e imortal que bebe sangue. De todas essas características que Meyers ignorou e daquelas que ela acrescentou eu só tenho uma coisa a dizer:

SPARKLING VAMPIRES!!!!????!!!!!?????????????!!!!!!

Nada, e eu repito NADA no mundo é capaz de me fazer enxergar qualquer lógica em vampiros que brilham como um disco globe quando expostos ao sol. O sol é uma das fraquezas dos vampiros você não pode ter uma criatura sobrenatural (super-herói, monstros, vilões, whatever!) sem um ponto fraco.

Meu segundo grande problema com Crepúsculo (de muitos que não vou citar aqui) é a falta de química entre o casal principal. É sério, não existe química alguma entre eles. A tensão que deveria surgir do relacionamento platônico deles simplesmente não existe. Quem não está entendendo, assista o vídeo abaixo e veja o que é a química da qual eu estou falando. A cena é da série de TV True Blood e a situação é semelhante: mocinha mortal e vampiro, mas a interação entre os dois... E antes que alguém venha argumentar que o relacionamento de Bill e Sookie (de True Blood) não tem nada de platônico, eu esclareço que me refiro aos primeiros episódios da série, quando a relação dos dois era tão inocente quanto a de Bella e Edward (Crepúsculo):



Pra quem quiser comparar eis aqui Bella e Edward:



Enfim, por hoje era só. Vamos agora aos PSs do dia:

PS1: Eu, Limbo Dancer, agora também posto minhas idéias insanas no Prime Time, a única diferença é que lá essas idéias são relacionadas a séries de TV. Assim eu incomodo menos vocês com o meu vício por série. Ahhh lá eu escrevo sobre o 'pseudônimo' Paula Potter (nenhuma ligação com o Harry).

PS2: A Poka manda avisar que o post dela de amanhã provavelmente será adiado para a quarta-feira devido a conturbada vida de estudante de jornalismo no 5º semestre.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Noites em claro

O relógio aponta meia-noite. É hora de descansar o corpo das idas e vindas do dia e de esvaziar a cabeça da correria mental das últimas 24 horas. Com um clique apago o interruptor de luz, após ler algumas páginas das crônicas do bardo folk. Fecho os olhos. Num estado de quase sono, quase vigília, tento me desprender da realidade. Ah se fosse tão fácil desligar os pensamentos que passam velozes do mesmo modo que desligo a luz.

Por um momento fugaz o sono se apodera de mim, e vai embora tão logo quanto chegou, num espasmo de uma perna inquieta. Lá fora, um assovio toma conta da rua: é o lixeiro cujo sibilo poderia muito bem ter saído de um desenho animado da Disney. Tento identificar a música, mas o caminhão já vai longe...
Espio o relógio: já são duas horas. Levanto até a cozinha e tomo um gole de água como se tivesse sido o último boêmio a deixar o bar. Outra olhada nas horas e o ponteiro marca cinco horas. É incrível como a noite pode passar tão rápida para os insones. Uma tentativa de leitura enquanto o sono não vem é ineficaz – lá se vão cinqüenta páginas e o estado de alerta é total.

Ligo o televisor na vã expectativa de encontrar algo que me deixe sonolenta. Após passar por todos os canais, desligo o aparelho e tomo mais um gole de água. O corpo começa a pedir repouso, mas a mente está em outro ritmo, e ignora a trégua. Em meio à escuridão, os pensamentos escapam num turbilhão de imagens e vozes impossíveis de serem controlados.

A sexta hora da manhã é anunciada pelo canto do galo que mora ao lado – o desespero do dia que chega sem que o outro tenha terminado é o prelúdio da exaustão diária. Quando todas as tentativas de adormecer já foram gastas e não resta uma ínfima probabilidade de escapar do estado de vigília, adormeço.

Embora o sono tenha chegado, o descanso não é suficiente para suprir a falta de forças e a sensação é de eterno cansaço. É como se, na aurora do dia seguinte, todos os movimentos e todos os diálogos das pessoas fizessem parte de um filme cujo roteiro foi feito para confundir seus personagens: levá-los a lugar nenhum, com ações despropositadas, num mundo que oscila entre a realidade e o devaneio. A insônia é assim, esta vil companheira que, com seus artifícios, chega sorrateira para ficar horas a fio, nas minhas noites em claro.

"Nas grandes horas em que a insónia avulta
Como um novo universo doloroso,
E a mente é clara com um ser que insulta
O uso confuso com que o dia é ocioso,
Cismo, embebido em sombras de repouso
Onde habitam fantasmas e a alma é oculta,
Em quanto errei e quanto ou dor ou gozo
Me farão nada, como frase estulta(...)"


(Fernando Pessoa)

terça-feira, 10 de março de 2009

Pare aí mesmo, sua mulherzinha!

Tá bom, confesso que esse péssimo título foi apenas uma forma de chamar atenção.

Póka está de volta às postagens (ao menos é o que aparenta). E o Okapi aqui queria discorrer um pouco sobre a mulher (não sobre a convenção Dia Internacional da Mulher, embora o 8 de março tenha sido bem especial para mim).

Como eu estava morrendo e capotei (o meu estado era tal que estava passando na tv o episódio no Pica Pau nas Cataratas do Niágara e, mesmo assim, eu dormi), acordei com uma p### dor de cabeça. E, como disse o Tio Ada, também conhecido como Zolinho pelos veteranos já formados da Facos, na aula de Semiótica, "os significados existem antes das palavras, que são 'vazias'", eu não estou nem um pouco a fim de preencher palavras com significados. Simplesmente a parte semiótica-produtiva do meu cérebro está em falha.

Contudo, acabei achando dois textos, como diria a balonista, Maras! para apresentar à vocês. Como uma mensagem é tudo aquilo que responde a relização do ser, eu espero que estes textos estejam no seus rols de significância e necessidades.

Aqui vão:
Todas as mulheres são belas do blog Papai Noel de Cueca Azul
A hipocrisia do Dia Internacional da Mulher do heDONIsmos

Abraços cansados e felizes do Okapi!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Rock em 7 tempos

Depois de tantas velharias na TV, eis que surge algo interessantíssimo para os aficionados pelo gênero que fez e ainda faz multidões chacoalharem o esqueleto. Não é novidade, mas na TV fechada brasileira é a primeira vez que está sendo transmitido o documentário produzido pela BBC de Londres em 2007, intitulado Seven Ages of Rock.


Dividido em sete episódios, cada um traz uma era do rock com depoimentos de personalidades de peso no referido contexto. Das origens no blues, passando pela beatlemania, ao indie rock, o documentário explora as principais características de cada uma das fases do gênero. E são pinceladas focadas em poucos nomes de cada vertente. Afinal, seria impossível relatar em 7 episódios de apenas 50 minutos toda a vastidão do maior fenômeno da cultura pop.


(o rock na linha do tempo)

Aqui estão os nomes dos capítulos com os respectivos dias em que são transmitidos:

1. The Birth of rock (07/02)

2. White light, White heat (14/02)

3. Blank Generation (21/02)

4. Never Say die (28/02)

5. We are the champions (07/03)

6. Left of the Dial (14/03)

7. What the world is waiting for (21/03)

Infelizmente não consegui acompanhar desde o início, e até agora assisti apenas dois capítulos: o White light, White heat que trouxe o Art rock,momento em que a música se funde com a arte para criar espetáculos nos quais os artistas não cantam apenas, mas também interpretam personagens num cenário grandioso. Vide David Bowie e seu alter-ego Ziggy Stardust. Mas a cereja do bolo fica para as imagens de Syd Barret, a veia criativa dos primórdios do Pink Floyd.



O outro capítulo que assisti foi o quarto, intitulado Never Say die, dedicado inteiramente ao heavy metal, o único subgênero do rock que sobrevive até hoje. Um ponto positivo é a narração feita pelo veterano da MTV, Mark Goodman. Alguns nomes conhecidos como Jack Bruce (Cream), Bryan Ferry (Roxy Music) e Johnny Rotten (Sex Pistols) deixam seus depoimentos sobre o assunto.

Vale a pena assistir, quem estiver a fim de sair da mediocridade contemporânea e descobrir (um pouco) sobre a história e evolução do rock. Longe de ser um relato completo sobre todas as nuances do estilo, Seven Ages of rock discorre com leveza, mas também com conhecimento, sobre o gênero mais controverso de todos os (sete) tempos.

O documentário está sendo transmitido pela VH1 todo sábado às 22h, com reprise na quarta-feira às 23h.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O gato fedido da internet

Volta o ornitorrinco arrependido com toda a sua cara de pau sem explicar a ausência da semana passada. Últimos suspiros de minhas quase-férias, venho num post não muito extenso.
Retomando o velho hábito de comentar blogs e sites, vou falar sobre um site muito legal que encontrei. Mas antes, já que tem um gato fedido na história, tenho que citar meu vício das férias.

Meu nome é Ornie, e eu sou viciada em Friends há oito anos. Não adianta, se eu estou passando pelos canais e está dando Friends na Warner eu tenho que ver. Mesmo que seja um episódio repetido. Aliás, como todos são para mim, porque devo ter assistido numa média de três vezes cada episódio. Sei que durante as férias revi o último – que eu tinha assistido só uma vez – e admito, rolou uma lágrima singela.

a triste cena das chaves

Entre outros, assisti ao episódio em que a Pheebs grava o clip da música mais famosa da série, e é claro que estou falando de Smelly Cat. Muito engraçado quando ela não reconhece a sua voz no clip por achar muito afinada, quando na verdade é outra pessoa que canta. Ah, e vi também o que a Chrissy Hynde canta Smelly Cat com a Pheebs, muito bom. Ai que saudade dos tempos em que os episódios de Friends eram inéditos...

Voltando ao outro gato fedido, o da internet, eu preciso falar sobre o layout do blog: é um simpático gatinho preto com moscas ao redor. E o fundo é xadrez com roxo: ma-ra!


O blog de Bruna Calheiros e Carlos Merigo fala sobre desenhos animados e tudo o mais que for correlato a este tema. Nas categorias tem humor-negro, terror, nostalgia, séries e outras cositas más.

É uma pena que eu tenha encontrado o blog só agora, quando eu estava numa busca e parei no post com o concurso sobre as Animações dos anos 90, em que o vencedor levava um Almanaque dos anos 90 (cheguei a pensar no meu comentário sobre os Cavaleiros do Zodíaco, meu vício anterior ao de Friends), mas a promoção é do ano passado.

A dica foi dada. Pra quem tem ainda um resquício de férias e de tempo, vale a pena acessar o site e conferir as animações indicadas por quem entende do assunto.

Deixo aqui o vídeo do clássico The Skeleton Dance e aqui, o post do Smelly Cat sobre o vídeo.


Beijinhos do Ornie.

Ah, deixe seu comentário. :)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A verdade está lá fora

Olá! Tenho um aviso a fazer: acredito que antes das minhas aulas voltarem não terei nenhum post decente! Meus assuntos se vão durante as férias e não consigo escrever. No entanto, estou aqui hoje para relembrar e recomendar.

Nesta última quinta-feira fui visitar Limbo Dancer na cidade universo paralelo de Cachoeira do Sul e, como não poderia deixar de ser, envolvidas pela atmosfera misteriosa da cidade portal, fizemos uma maratona de episódios de uma das séries que marcaram a minha infãncia.

Arquivo X, que passava em não sei qual canal da TV averta brasileira, acredito ter sido meu primeiro contato com os temas sobrenaturais. E eu não gostava tanto dos episódios ETsísticos, mas os casos bizarros envolvendo assassinatos me chamavam muito a atenção. Isso além de eu, mesmo quando pequena, achar o David Duchovny bastante apetitoso.






Então, para não ser inútil demais, vim aqui lembrá-los de assistir The X Files. De longe, uma das melhores produções com esse tema. Tudo que veio depois fica bem óbvio depois que acompanhamos os agentes especiais Mulder e Scully em suas empreitadas obscuras.

Beijos e até a volta da minha capacidade de postar.