Pelo título você deve ter presumido que a titia Ornie contaria aqui uma linda fábula ao estilo de “A lebre e a tartaruga” não é mesmo? Um final feliz onde os frascos e comprimidos (ahaha nunca esqueci esse trocadalho dito certa vez pelo sábio Cascão) dão a volta por cima e vencem no fim.
“Era uma vez, um belo e pomposo elefante cor-de-rosa que vivia alegre e sorridente nas selvas da África. Todo dia, na hora de se refrescar no lago, lá estava o elefante com sua tromba e toda a grandiosidade que lhe é atribuída. Do outro lado, o rinoceronte verde esboçava sua simpatia em suas inúmeras tentativas de fazer amigos, as quais não surtiam efeito. Todos os animais riam do seu jeitão desengonçado. Até que um dia...”
Ah, palhaçada esse post. Eu realmente não vou escrever uma fábula (mas quem sabe a história continue num post futuro...).
“Era uma vez, um belo e pomposo elefante cor-de-rosa que vivia alegre e sorridente nas selvas da África. Todo dia, na hora de se refrescar no lago, lá estava o elefante com sua tromba e toda a grandiosidade que lhe é atribuída. Do outro lado, o rinoceronte verde esboçava sua simpatia em suas inúmeras tentativas de fazer amigos, as quais não surtiam efeito. Todos os animais riam do seu jeitão desengonçado. Até que um dia...”
Ah, palhaçada esse post. Eu realmente não vou escrever uma fábula (mas quem sabe a história continue num post futuro...).
Para situar nossos queridos leitores, vou apenas comentar que a partir de hoje, nosso blog, que era inicialmente vinculado a uma disciplina acadêmica de jornalismo, está liberado. Mas não se desespere! A Gangue continua no seu ritmo cangurístico especialmente pra vocês.
No último fim de semana resolvi me presentear com uma coisa que eu não via há algum tempo: diversão. Primeiro, no sábado, eu, Limbo, Poodle e meu respectivo fomos ao cinema assistir ao (pasmem) recém-chegado por aqui, Ensaio sobre a cegueira. Ainda estou digerindo a cegueira branca e não vou fazer grandes comentários sobre o filme, só posso dizer que ele conseguiu perturbar – ponto pro Meirelles.
Depois do cinema, eu e meu respectivo fomos ao show de uma banda da qual ouvi falar muito bem, mas que eu até então não havia tido oportunidade de assistir. Entra aqui o elefante lá do título, alias, a pata dele. Cá está o blog da pata:
A Pata de Elefante é formada por Daniel Mossmann (guitarra e baixo), Gabriel Guedes (guitarra e baixo) e Gustavo “Prego” Telles (bateria).
O trio é instrumental, característica que não foi assimilada por alguns bois-cornetas durante o show que pareciam esperar o momento em que alguém da banda colocaria seu microfone de Sandy&Júnior e começaria a cantar. Esqueçam. A voz é dispensada. A melodia da guitarra supre a falta da voz. Justamente por não haver voz, a interação dos integrantes com o baixo, guitarra e bateria é uma espécie de introspecção coletiva que leva o público a alguns momentos de delírio musical.
É impossível ouvir a faixa Gigante, do álbum Um olho no fósforo, outro na fagulha (2008) sem perceber a nítida influência da surf music do The Ventures. Mas não é só através da música surfista que o elefante anda em suas próprias patas! A banda têm influências desde as clássicas trilhas do cinema de Ennio Morricone às músicas do bardo norte-americano.
Antes do elefante entrar triunfal com sua pata, não posso esquecer de mencionar o Rinoceronte. Ao contrário da espécime desengonçada da pseudo-fábula do início deste post, o Rinoceronte sabe fazer um bom e velho rock’n’roll. A banda é formada por Alemão Luiz Henrique (bateria), Cesar Marqueri (baixo) e Paulo Noronha (voz e guitarra). A influência de Led Zeppelin, The Who, Black Sabbath entre outros colossos do classic rock é perceptível nos primeiros acordes. Aqui está o blog da banda:
Rápido: quantos mamíferos da classe mammalia você acabou de ler?
Beijos do saltitante ornitorrinco.
4 comentários:
esse conto me lembra uma tarefa do orlando.
"... até que um dia o elefante se compadeceu da situação e, apesar de seu jeito quieto, foi conversar com o rinoceronte pra saber qual o seu problema, afinal a comunicação resolve tudo. descobrindo que era a falta de exercícios que desprovia o chifrudo de firmeza nas articulações, ele tratou fazer um treinamento, que consistia em jogar uma bola para o céu, a qual deveria ser pega pelo chifre do rinoceronte. Poucos meses depois, o rinoceronte ja não era mais desengoçado, mas sim agora possuia uma forte e estrondosa pegada e os dois foram grandes amigos, arrumaram umas fêmeas e fizeram muito barulho pelo resto de suas vidas imortais."
A Rinoceronte passou de um programa da MTV recentemente e foi muito bem. Era um programa onde a Cachorro Grande procurava uma banda para fazer um show com eles. Os santa-marienses foram muito elogiados pelos cachorros...
Tive a sorte assistir a gravação da MTV com a Rinoceronte e a Cachorro grande, foi no Macondo. Um dos melhores shows que já fui da Rinoceronte.
Postei um texto sobre esse show no meu blog:
http://opiniaoposta.blogspot.com/2008/07/rinoceronte-no-cachorro-grande-em-busca_29.html
e sobre o Pata, não tenho o que falar... ótima banda, uma das minha preferidas!
"introspecção coletiva que leva o público a alguns momentos de delírio musical."
Conversava com uma guria sobre a Pata e não sabia explicar porque gostava da banda.
Rinoceronte, junto com Outhouse e Daniel Rosa, mais um ótimo alimento musical de Santa Maria.
Não poderia deixar de comentar esse post que tem a ver com o que para a Rinoceronte talvez tenha sido o melhor encontro musical até agora.
Muitos sabem, e para muitos que não sabem a Rinoceronte é ainda bastante jovem, com 1 ano completado recentemente em 19 de novembro, dia do aniversário do baterista e do baixista (é, isso mesmo, o aniversário dos caras concide com o da banda, visto que liguei para fazer o convite ao César exatamente no dia 19 de novembro de 2007) e apesar de termos cruzado com inúmeras bandas nos festivais dos quais participamos este ano talvez nenhuma delas tenha entre seus integrantes caras tão parecidos com a gente que curtem música, são malucos totais e tentam já há algum tempo inserir-se num mercado absolutamente regido pelo nosso famoso jabá com um som autêntico diferente e pode-se dizer 'na contra-mão'.
Nos indentificamos desde sempre muito com a Pata de Elefante ainda que não tenhamos sido exatamente influenciados por eles, mas o show de sábado passado serviu para confirmar nossas expectativas em relação à relação entre os sons das duas bandas e à relação entre seus integrantes.
Estamos felizes e esperamos muitos mais encontros como o de sábado.
Grande abraço da Rinoceronte e um obrigado especial a todos que têm nos acompanhado.
Paulo Noronha
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