segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Reza a lenda...

Em 1975, um problema na produção de Tubarão transformou o filme de estréia de Steven Spielberg, no primeiro blockbuster do verão americano. Como próprio Spielberg declarou em várias entrevistas, dificuldades na criação da grande estrela do filme, o tubarão - ou Bruce, apelido que recebeu em “homenagem” ao advogado de Spielberg – o levaram a decisão de “esconder” Bruce por grande parte do filme. No fim foi justamente esse mistério ao redor do tubarão – com uma grande ajuda da brilhante trilha sonora composta por John Williams – que fizeram do filme um grande clássico do cinema.


Assim como essa, existem inúmeras outras histórias geniais sobre o que acontece nos bastidores da sétima arte. Nesse post eu separei algumas que por alguma razão jamais saíram da minha memória, mesmo que eu tenha escutado-as há um bom tempo. Elas não têm a pretensão de serem as melhores, ou mais interessantes, ou mais engraçadas, ou mais escandalosas histórias de bastidores de todos os tempos, mas por alguma razão eu gosto bastante de todas elas e espero que vocês também gostem.

Reza a lenda que durante as filmagens da primeira versão de Sabrina – não a aprendiz de feiticeira, por favor – em 1954, Humphrey Bogart – que na minha cabeça sempre será associado ao Rick, personagem dele em Casablanca – não aprovava a sua companheira de cena, e par romântico no filme, Audrey Hepburn dona da personagem título. Eu lembro que desde a primeira vez que eu assisti a esse filme eu estranhei o fato que Bogart não consegue convencer que está apaixonado pela personagem de Hepburn. Anos mais tarde eu descobri que a falta de química do casal em cena era conseqüência do relacionamento dos atores fora dela. Em 1995, Sydney Pollack refilmou Sabrina, com Harrison Ford e Julia Ormond nos papeis que foram de Bogart e Hepburn e sem conflitos entre os protagonistas.

Hepburn e Bogart em Sabrina (1954)

Ford, aliás, tem o crédito de uma das grandes falas do melhor Star Wars de todos os tempos – Star Wars – Episódio V: O Império Contra-Ataca (1980). Dizem que na cena em que a princesa Leia diz a Han Solo, personagem de Harrison Ford, que o ama quando ele está prestes a ser congelado, a resposta original do script era ele dizer que também a amava. Ford, porém, achava que a resposta não condizia com as atitudes do personagem, então quando Leia declara desesperada que o ama Solo/Ford responde apenas “I know” ou em português: “Eu sei”.



No ano seguinte (1981), Ford fazia sua estréia como Indiana Jones em Caçadores da Arca Perdida. Originalmente no roteiro do filme na cena em que Jones é confrontado por um homem com uma espada, ele deveria defender-se usado o seu – famoso – chicote. A cena, entretanto, estava demorando muito para ficar pronta e equipe de filmagens estaria supostamente sofrendo com uma intoxicação alimentar. Reza a lenda, então, - eu sei, eu sei, “reza a lenda” de novo, mas eu adooooro essa expressão e ela é perfeita pro post de hoje, então deixa eu me divertir – como eu ia dizendo reza a lenda que alguém sugeriu a Spielberg (diretor do filme) “por que ele simplesmente não atira no cara?”, dando origem a mais uma cena clássica. Na segunda aventura de Indiana Jones – Indiana Jones e o tempo da Perdição – a cena se repete, porém, desta vez, Indy não tem a sua arma para atirar.



Para terminar, eu não poderia deixar de fora desse post o meu filme, ou melhor, trilogia favorita. Então representando O Senhor dos Anéis, está a segunda parte dessa trilogia: As Duas Torres. Reza a lenda (última vez, eu juro), que a (genial) cena da batalha do Abismo de Helm demorou 4 meses para ser filmada, sempre a noite e debaixo de chuva. Reza lenda também, (há! Eu menti, mas eu prometo que ESSA é a última vez) que a cena foi tão trabalhosa e difícil de ficar pronta que os atores e dubles envolvidos fizeram, após a conclusão da (maldita) cena, uma camiseta dizendo: “"I survived Helms Deep" – “Eu sobrevivi ao Abismo de Helm”.

O meu "tempo" está acabando e as muitas histórias que ficaram de fora, eu guardo para, quem sabe, um futuro próximo (ou não). Por hoje é só.. não deixem de comentar!

bjinhos

Um comentário:

Walter Carrilho disse...

E que tal a história da trilha de "tubarão"? Spielberg foi ver antes e John Willinas tocou a sequência de 2 acordes para ele no piano, "tum-tum, tum-tum..." . E o diretor disse: "é só isso?" Mal sabia ele que a trilha se tornaria clássica!