quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

Eu decidi esse ano que vou sobreviver até a última pessoa deixar a suposta casa mais vigiada do país, sem saber o nome de nenhum dos habitantes da tal casa do Big Brother. Enquanto eu estiver sob os privilégios da TV paga essa tarefa não será tão complicada, basta evitar o multishow por volta das 11 horas da noite e não prestar atenção nas milhões de “noticias” relacionadas ao programa que estão espalhadas pela web (Fulano sai da casa; Beltrano disse não sei o que; Fulaninho ficou com a fulaninha... bla bla, whatever).

Nada contra quem participa ou assiste. Ainda bem que vivemos em um país livre onde cada um faz o que bem entende do seu tempo livre. Eu é que não vejo motivo nenhum para ligar a minha TV e gastar o meu tempo assistindo a essas pessoas que podem se dar ao luxo de ficarem meses fora da sociedade e estão dispostas a exporem suas vidas pelo sonho de ganhar um milhão de reais ou de ficarem famosas. Não que eu não fosse ficar muito feliz com R$ 1.000.000, a questão é que eu não estou disposta a pagar o preço para entrar nessa competição.

Mas enfim, como eu ia dizendo nada nesse grupo de pessoas desperta em mim qualquer interesse que me faça para qualquer coisa que eu tenha para fazer e assisti-los todos os dias da semana. Eu até entendo, e em certo ponto concordo, que no início, ou melhor, nas primeiras edições, existia certa curiosidade. O que essas pessoas fariam nessa situação,.. etc, etc. Porém agora, sabe-se lá quantas edições depois, ao menos a meus olhos está claro: as reações são quase idênticas e sobrou muito pouco de espontaneidade naquela casa.

Trocam os grupos, os participantes, a decoração da casa e quem sabe algumas regras, mas no geral as reações continuam as mesmas. Formam-se intrigas, casais, alguém se martiriza e ganha o prêmio no final. Eu posso até estar exagerando, ou generalizando demais, mas tudo isso que eu disse tem um fundo de verdade.

Mas como eu disse esse ano, ao menos para mim será diferente, eu não vou aprender o nome de nenhum participante sequer. Assim, quando finalmente algum dos habitantes da casa do BBB tornar-se milionário eu vou permanecer sem saber o nome de nenhum deles, se possível nem ao menos vou reconhecê-los. E quando eu ver qualquer um deles em algum outro programa nos meses que seguem o BBB (quando as pessoas ainda lembram quem eles são, e eles permanecem “celebridades”) eu vou olhar e perguntar para alguém “quem diabos é essa pessoa?” e esse alguém provavelmente vai responder “ é o fulano, ele tava no BBB”...

PS. Talvez algum leitor mais atento esteja se perguntando (talvez não), porque eu estou postando na quarta e não na segunda que é meu dia de costume. Bem eu podia até inventar uma desculpa, dizer que meu cachorro comeu meu post ou algo assim, mas a verdade é que segunda eu tava sem um pingo de inspiração e o texto estava ficando horrível. Não que hoje tenha ficado um espetáculo, mas acreditem está bem melhor que o de segunda.

Um comentário:

Sarah Quines disse...

ah já que ninguém nunca mais comentou no blog eu resolvi comentar Paula. É uma época triste essa, na qual, além da chuva, o BBB vira assunto na pauta de amenidades. Mesmo sendo um programa totalmente inútil,sempre haverá os Homer Simpson da vida para assistir essas coisas.
Vou deixar aqui o link do texto dum blog que acabei de ler, com uma carta direcionada ao Pedro Bial, questionando os "heróis" da casa, vale a pena. http://blogdeumsem-mdia.blogspot.com/2008/03/carta-aberta-ao-jornalista-pedro-bial.html
bjinhos do ornitorrinco, ah, adorei o título ^^