segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Limbo Dancer 3D

Eu ainda lembro de ler na SET em meados de 2008 sobre a nova tecnologia 3D que surgia em algumas telas do país, com Viagem ao Centro da Terra. O novo formato seria uma das grandes apostas da indústria cinematográfica na luta contra DVDs, TV a cabo, pirataria etc. Na época eu pensei que passariam anos para que eu finalmente pudesse experimentar a nova tecnologia – até porque a matéria dizia haver apenas 6 salas com suporte para o formato no país. A espera acabou não sendo tanta, no último sábado eu aproveitei o passeio a capital para conferir o tal novo 3D. Nem me importava o filme, eu estava disposta a assistir qualquer coisa em nome da curiosidade (ok, se o filme em questão fosse Hannah Montana e Miley Cyrus show: O melhor de dois mundos eu teria mudado de idéia, but anyaway...)

Qual foi a minha surpresa ao descobrir que o filme em questão era Coraline e o Mundo Secreto. A animação dirigida por Henry Selick (O Estranho Mundo de Jack – único filme que pode ser usado como especial de Natal e de Holloween) e baseado no romance de Neil Gaiman (Sandman), sobre uma menina que encontra na sua nova casa uma porta para um mundo paralelo habitado por versões “melhoradas” da sua família e vizinhos, estava na minha lista de filmes a assistir desde que eu vi o primeiro pôster dela a sei lá eu quantos meses atrás.

"Tenha cuidado com o que desejas"

No sábado então lá estava eu, 18 reais mais pobre (com o desconto de estudante) e tão animada quanto qualquer uma das criançinhas que invadiam a sala felizes com seus óculos 3D – que não são mais de papelão e nem tem lentes azul e vermelha. Era possível perceber que grande parte do público que enchia (mas não lotava) a sessão também era marinheiro de primeira viagem nesse negocio de 3D. Quando o filme estava finalmente começando e a mensagem na tela mandava que colocássemos os “nossos” óculos deu para sentir (e ouvir) a ansiedade de todos. A empolgação só aumentou quando a primeira imagem “saltou” da tela (mesmo que fosse apenas o logo da Dolby Digital) e durante os trailers todos de filmes em 3D que devem ser lançados no futuro próximo.


Confira o trailer de Coraline

Coraline começou com uma agulha deixando a tela e indo em nossa direção, porém, não foram muitos os objetos ou personagens que “saltaram” da tela durante os cerca de 100 min de filme. A animação usa o 3D para imergir o público no mundo (ou melhor, nos dois mundos) da personagem título, e evita o óbvio e fácil recurso de “atirar” objetos e personagens nos espectadores. As poucas vezes em que tal cena aconteceu, entretanto, foram recebidas com grande entusiasmo do público justamente porque o recurso não foi banalizado.

Eu deixei o cinema com uma boa impressão do novo formato de três dimensões. O 3D deu um charme a mais ao já fantástico visual de Coraline. A tecnologia estava a serviço do filme e não o contrário. O restante do público também pareceu simpatizar com o formato, principalmente as crianças que pareciam completamente imersas no universo de Coraline. Quase no final do filme uma das criancinhas até gritou um “eu sei” animado indicando que sabia o que aconteceria a seguir, eu suponho. A única coisa triste foi ter que devolver os óculos no final, eles seriam uma ótima lembrança, mesmo não tendo utilidade alguma fora das salas de cinema.

Coraline e seus "outros país"

PS. Será que eu to ficando megalomaníaca? Esse é o 3º post com o meu “nome” no título...

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